Então, para aquelas que tiveram a benção da maternidade, não só as que pariram, mas as adotivas, as avós mamães; tias mamães; madrinhas mamães... A todas aquelas que têm um coração enorme, mas tão grande, que cabe todo o amor do mundo para cobrir o filho, o sobrinho, o netinho, o afilhado, o filho do amigo, o amiguinho do filho.
Que este dia das crianças seja também para lembrarmos do nosso compromisso com essa turminha que está crescendo, vendo exemplos que podem transformá-los em pessoas dignas, solidárias, corretas ... ou não.
O autor deste poema é Coelho Neto. Foi professor, político, romancista, contista, crítico, teatrólogo e, claro, poeta. Nasceu em Caxias, no Maranhã, em 21 de fevereiro de 1864, e faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1934. É o fundador da Cadeira n. 2 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Álvares de Azevedo.
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
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