quinta-feira, 17 de março de 2011

Mais participações no Seminário

Danon Lacerda


Gerente de Programação do Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

 
“Espaço e apoio às produções culturais”


Danon Larcerda destacou que é sempre importante participar de eventos como o seminário para mostrar a atuação do Banco do Brasil nesta área culturas, inclusive, no campo da acessibilidade, não só na questão das pessoas com deficiência, mas também em outros aspectos como possibilitar através de preços populares o acesso a todos os cidadãos.

Como funcionário de carreira 26 anos, Danon já trabalhou em todas as áreas mass direcionou para a cultural e se aperfeiçoou: foi ator, diretor de teatro, dramaturgo e atualmente também é diretor de cinema.



Além do Rio de Janeiro, existem CCBB´s em Brasilia, São Paulo e, futuramente, Belo Horizonte.Danon Lacerda explicou, inicialmente, as estratégias de gestão cultural dentro do Banco do Brasil para poder compreender o papel do CCBB. A diretoria de marketing e comunicação à qual o CCBB está inserido é ligada diretamente à presidência do banco, não tem intermediário. “Porque o BB entende que a cultura, o marketing é uma peça fundamental estratégica de gestão”, explicou.





Dentro da estrutura da diretoria de marketing e comunicação há as demais gerências executivas: imprensa, patrocínios diversos e comunicação de marca onde está inserido a marca Banco do Brasil.

O CCBB tem basicamente três gerências, no caso do CCBB Rio, há uma gerência a mais. Núcleo de Programação, do qual Danon Lacerda é gerente, e onde são definidos os projetos que o banco vai patrocinar durante o ano. O Núcleo de Planejamento e Comunicação onde são feitas as divulgação; Núcleo de Patrimônio e Acervo exclusivo Rio porque quando foi criado, em 1989, a instituição já tinha um arquivo histórico que estava destinado a cuidar da memória e ele passou a ser gerido pelo CCBB.

O Centro Cultural Banco do Brasil é um espaço salas de exposições, salas de cinema, auditório e três teatros, um deles dedicado a montagens experimentais menos convencionais.



Conforme explicou Danon Lacerda, uma Uma vez que o banco tem no CCBB a principal ferramenta de marketing cultural – e não confundir com a atuação da Fundação BB que tem atuação independente voltada sócio-ambiental – há uma série de diretrizes a observar e a cumprir. A regularidade no funcionamento é fundamental (sempre de terça a domingo). O público tem a certeza de que haverá atividades. No entanto, ele ressalta que é primordial se pensar a longo prazo, porque abrir é fácil, mas manter atividades interessantes e que despertam o interesse do povo é o mais difícil.

A acessbilidade também é outro fator de destaque na fala do gerente de programação do CCBB. De acordo com ele, há a preocupação com a acessibilidade física: rampas para cadeirantes, cinemas para deficientes visuais e auditivos; telefones adaptados, enfim, um conjunto de ações que visam incluir as pessoas na programação.

Porém, ainda segundo Danon Lacerda, não se trata apenas da adequação física, mas também a intelectual - ter diversidade, estar aberta a todas as temáticas como artes plásticas, cênicas, buscar inclusão de todos os seguimentos – e ainda a financeira com preços populares e convênios com universidades.

Ela ressalta aindaque o objetivo é contribuir para o desenvolvimento cultural da sociedade e destaca a política para realização de eventos. “Não associamos a imagem do banco com atividades que apresentam preconceitos, discriminação, teor político-partidário, ações ligadas a jogos de azar ou que causem impactos negativos ao meio ambiente e à saúde. E esta é a primeira triagem que fazemos na hora de selecionar os projetos que serão apresentados pelo CCBB”, explicou.



Inscrições de projetos - Para os interessados em apresentar projetos ao CCBB, as inscrições abrem anualmente e são feitas através do site do banco para que todas pessoas possam ter acesso. O período normalmente é abril e maio e o resultado divulgado também pelo site, de acordo com Danon Lacerda, para garantir a transparência. Qualquer pessoa física e jurídica pode se inscrever. Abrange programação nos três CCBB´s já existentes.

Em 2010, foram recebidas 3.138 inscrições no total , a maioria, da Região Sudeste, principalmente, Rio-São Paulo, o que reflete a realidade do setor.

Danon Lacerda explica que, na primeira etapa, os técnicos analisam o projeto. Para cada um, há uma ficha de inscrição onde é dado os pareceres dos especialistas, gerente de programação e diretor geral. Nos últimos dois anos, conforme explicou o gerente de programação do CCBB, foram contratados especialistas do mercado para avaliar os escolhidos, para evitar o “vício do olhar interno”, como explicou.



Depois desta avaliação, o projeto é submetido ao Ministério da Cultura, à Secretaria de Comunicação da Presidência da República e à diretoria do BB.

De acordo com Danon Lacerda, são critérios de seleção: relevância conceitual e temática (desvincular o proponente, o que importa é a ideia, a proposta); originalidade; viabilidade técnica; adequação financeira e adequação física; identidade institucional, se guarda aderência principios e valores da empresa.

Danon explica, também que há 3 anos o CCBB passou a divulgar uma provocação ao mercado cultural para apresentar projetos. “Realizamos reunião com especialistas para sabermos o que consideram como tendência”, revelou.

E para os produtores que procuram oportunidade de realizar seu projeto, Danon Lacerda detalha: “Este ano, vamos buscar as questões voltadas para novas tecnologias; temas relevantes para a sociedade contemporânea; estratégias de democratização cultural (por exemplo, se há previsão de realizar um dia voltado para as escolas), integração das artes (cada vez mais no nosso mundo as fronteiras entre as artes estão ficando menores porque elas podem se integrar)”.

Danon Lacerda finaliza lembrando que o CCBB recebeu dois milhões de visitantes em 2010. Além disso ressalta que 180 mil pessoas participaram dos projetos educativos e que é primordial a interação da instutuição com o público. “ É muito importante o retorno das pessoas, temos mais de 50 caixas para receber sugestões, porque é a forma de ficarmos atentos às demandas, é importante o olhar daquele que utiliza os serviços do CCBB.”

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