quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Flamengo até morrer!!!
Ah... vida de torcedor é sofrida mesmo, mais ainda a vida de quem gosta muito de futebol. Atualmente, nós flamenguistas seguimos a duras penas, o que antes era um prazer assistir , agora vira agonia.
É, coloquei aí o GRANDE time do Flamengo: Mozer, Raul, Leandro (Antunes), Marinho, Figueiredo, Andrade, Adílio, Zico, Tita, Nunes (Vitor) e Líco com Paulo César Carpeggiani como técnico.
Mas tempos bons que não voltam mais. A história é que daqui pra frente é seguir com o que temos aí. Está difícil, eu sei, mas é hora do apoio, da torcida ser realmente a camisa 12.
Eu acredito!!!
50 anos do Banco do Brasil em São João Nepomuceno
Bem, também vou dar meu depoimento sobre a belíssima festa que tive a honra e o prazer de participar. Rever pessoas que fizeram parte da minha infância foi emocionante.
Ver meu filho e meus sobrinhos homenageando o avô, aliás, a homenagem feita por vocês da comissão e ver como ele é respeitado e querido; o carinho com minha mãe; os abraços afetuosos de amigos de longa data; a alegria estampada em cada rosto; a lembrança dos que já foram; o belíssimo trabalho da comissão organizadora...
Difícil listar todos os momentos deste dia. Nada saiu errado. Tudo perfeito. Tudo especial.Tudo como tinha que ser quando se reúne amigos e família. Obrigada pelo momento, obrigada por poder fazer parte.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Os Sons da Matriz
Minha pequena homenagem à Cidade Garbosa, minha querida São João Nepomuceno, que foi publicada na Voz de São João.
Ainda com os olhos fechados, escuto 7 batidas e várias badaladas. O som familiar não deixa dúvidas: são o relógio e o sino da Matriz, acordei em São João Nepomuceno! Na mesma hora, uma mistura de cheirinho de infância, de aconchego e tranquilidade faz com que abra um sorriso que mais parece um sinal de cumplicidade com o tempo que não volta mais, porém, certa de que as lembranças fazem com que eu ainda tenha um pedacinho da terra.
Ainda na cama, o filme vai passando na minha memória do tempo em que era feliz e... sabia! E os sons da Matriz fazem parte de cada momento. Às 6h30, era hora de acordar para a aula no Judite de Mendonça e mais tarde no “Sôbi”. Batia 11 horas ! Saía correndo para casa porque o almoço já estava pronto. Mas antes do meio-dia, uma passadinha na vô Graciema para roubar um pedacinho do pudim de pão. Chego em casa e um pouco de descanso porque uma da tarde era hora de estudar.
E os “avisos” do meu companheiro do dia a dia não paravam. Tinha aula de piano, às 3 da tarde, com a Maria Alice e depois com a dona Leonor. À noite, hora das novelas, dos programas, das brincadeiras no adro da igreja e no jardim. Como me lembro das “escapadas” para a Tia Marisa onde brincávamos naqueles enormes corredores e gigantescos quartos do casarão! Mas, quando o relógio batia, já gritavam meu nome porque era hora de ir embora.
No final de semana, eles não descansavam: as badaladas do sino avisavam da missa; as batidas do relógio da hora de ir para o Campestre, do jogo do meu Mengão, de arrumar o material escolar e começar tudo de novo!
Na adolescência, não tinha escapatória: era o aviso que a diversão no “Kako” tinha acabado. Hora de ir embora, porque certamente a “dona Renée” estava esperando. E ai de não chegar conforme o combinado!!
Levanto da cama para aproveitar meu feriado. O sino avisa e chama para as celebrações da Semana Santa. Durante os 4 dias revendo amigos e parentes, relembrando boas histórias, rindo – ou na varanda de casa ou no Bistrot da Carolina – a mistura de sons da Matriz está lá, como marcando compasso e fazendo a contagem regressiva para a minha despedida, mas também convidando para um breve retorno.
Olho pela janela de casa vejo meus sobrinhos, meu filho e um grupo de crianças - filhas de amigas e amigos de infância - correndo pelo jardim. Agradeço a Deus por conseguirem aproveitar também esses momentos tão especiais.
Volto revigorada e pronta para retornar à realidade, mas aguardando uma nova oportunidade de acordar em Nepopó ! Termino este texto e olho pra cima. O relógio digital - impessoal e silencioso - da parede do meu quarto marca 7 da noite. Mas, quem viveu esses anos maravilhosos é capaz de sentir, bem no fundo do peito, as badaladas do sino e as batidas do relógio da Matriz.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Seminário de Gestão e Produção Cultural - Rodolpho Athayde - produtor cultural
As dificuldades e a atuação dos produtores culturais”
O produtor cultural Rodolpho Athayde destacou, na sua participação, as dificuldades que o profissional da área enfrenta para desenvolver projetos e colocá-los em prática. Ele ressaltou que é importante sistematizar e reforçar as atividades de gestor e produtor cultural. “Em grande parte das vezes, está vinculada à prática individual de cada um”, afirmou.
A experiência de Rodolpho Athayde está centrada, atualmente, nas artes plásticas. Formado em Filosofia pela Universidade Estatal de Moscou (M.V.Lomonosov), é sócio fundador da Arte A Produções. Mas já trabalho também na área musical. Desde 1995 trabalha na área de promoção cultural, responsável pela presença no Brasil de importantes músicos como Gonzalo Rubalcaba, Buena Vista Social Club, Irakere com Chucho Valdéz, o grupo Los Van Van, Síntesis, Jane Bunnett, entre outros. Entre 1999 e 2001, produziu uma série de sete CDs, dois deles indicados para o Grammy Latino. Em 2005 assumiu a coordenação geral dos projetos de Arte A Produções com as exposições Arte de Cuba, Carlos Garaicoa, Virada Russa, Expedição Langsdorff, Islã e Miragens.
Na avaliação de Rodolpho Athayde, o gestor cultural no Brasil exerce uma multiplicidade de funçõesm diferentemente de países na Europa.”É um desafio grande. Hoje se fala muito no curador. Nós no Brasil temos uma série de curadores importantes, mas a grande maioria dos projetos, principalmente, de artes visuais, ão ligadas a curadores e gestores que têm essa diversidade de funções. São responsáveis desde a criação do projeto e assumr totalmente a gestão direta da produção. É um processo complexo”, ressaltou.
Ele lamentou a falta de pessoal capacitado para implementar os projetos com todas as exigências neles contidas e a falta a falta de espaço adequado com condições necessárias para abrigar exposições de alta complexidade, como a mais recente que realizou sobre o Islã. “Temos vontade de levar projetos para outras regiões do país, mas não têm espaços adequados. Estou falando, inclusive, de capitais importantes.”
Outra questão fundamental abordada pelo produtor é a remuneração. Alguns projetos, segundo ele, demandam dedicação total, então, os produtores precisam fazer da proposta uma proposta viável. Mas, é um desafio muito grande manter uma produtora hoje em dia centrada na especlaização de determinadas áreas. De acordo com Rodolpho Athayde, projetos culturais de qualidade precisam de pesquiisa séria, planejamento complexo e fica manter pessoal capacitado e qualificados.
“Quando enfrentamos, por exemplo, exposições internacionais como do Islã,
precisamos de pessoas com qualificação, tanto de línguas, gestão empresarial, em negociação internacional. Como se preparar? Como trabalhar, preparar projetos futuros e manter a estabilidade do pessoal e da empresa? Eu falo do ponto de vista de uma equipe de produção altamente privilegiada, mas imagine o produtor que está começando ou não tem ainda algum nome no mercado?”, ressaltou.
E as dificuldade não param por aqui. Ela ressalta, ainda, a questão do seguro. “Carecemos no Brasil ferramentas que existem em outros países. Por exemplo, a questão do seguro. Eventos geram gastos, as vezes, que resultam em 40% do projeto e às vezes tem que ser negociado internalmente, no país não há empresas que possam trabalhar com esses valores”
Como conselho para os iniciantes, Rodolpho Athayde destaca que a preparação de um projeto tem que estar baseada no diferencial, na sustentação, na elaboração de um conceito que se justifique por si só e que seu peso seja suficiente para ser considerado para além da pessoa que apresenta. “Infelizmente, hoje muitos patrocinadores olham para quem propõe”, lamentou.
Ele lembrou de quando conseguiu emplacar o primeiro projeto no CCBB. “Não tínhamos parentes, políticos influentes. E o pior: apesar de pai brasileiro, ainda sou estrangeiro, sou cubano, e minha esposa e parceira Annie Rodrigues também não é brasileira. Felizmente, o projeto foi apresentado através de edital via internet. A sustentação do projeto foi suficientemente forte.”
Rodolpho destaca, com isso, a importância desse tipo de curso e formação. Embora afirme que o produtor cultural se faz na prática, reconhece que é importante a veiculação desse tipo de proposta, ou seja, curso e experiência. “Assumir a função de produtor requer tempo, preparação, conseguir os apoios necessários para o trabalho e estabelecer uma proposta clara e antenada com os interesses tanto do patrocinador quanto das diretrizes para não ficarmos frustrados de achar que o projeto é maravilhoso, mas não se encaixa.”
Rodolpho Athayde destacou, também a importância cultura brasileira e lembrou que a exposição do Brasil será muito grande no mundo com a proximidade das Olimpíadas e Copa do Mundo. No entanto, ele acredita que é preciso diversificar. “Claro que a música o Brasil se destaca, mas tem outras áreas que precisam de oportunidades artes plásticas que precisa ter mais reconhecimento. O Brasil tem um movimento muito forte, artistas reconhecidos dentro do circuito da área contemporânea, mas precisam de apoio.”, afirmou.
Mais participações no Seminário
Danon Lacerda
Gerente de Programação do Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
“Espaço e apoio às produções culturais”
Danon Larcerda destacou que é sempre importante participar de eventos como o seminário para mostrar a atuação do Banco do Brasil nesta área culturas, inclusive, no campo da acessibilidade, não só na questão das pessoas com deficiência, mas também em outros aspectos como possibilitar através de preços populares o acesso a todos os cidadãos.
Como funcionário de carreira 26 anos, Danon já trabalhou em todas as áreas mass direcionou para a cultural e se aperfeiçoou: foi ator, diretor de teatro, dramaturgo e atualmente também é diretor de cinema.
Além do Rio de Janeiro, existem CCBB´s em Brasilia, São Paulo e, futuramente, Belo Horizonte.Danon Lacerda explicou, inicialmente, as estratégias de gestão cultural dentro do Banco do Brasil para poder compreender o papel do CCBB. A diretoria de marketing e comunicação à qual o CCBB está inserido é ligada diretamente à presidência do banco, não tem intermediário. “Porque o BB entende que a cultura, o marketing é uma peça fundamental estratégica de gestão”, explicou.
Dentro da estrutura da diretoria de marketing e comunicação há as demais gerências executivas: imprensa, patrocínios diversos e comunicação de marca onde está inserido a marca Banco do Brasil.
O CCBB tem basicamente três gerências, no caso do CCBB Rio, há uma gerência a mais. Núcleo de Programação, do qual Danon Lacerda é gerente, e onde são definidos os projetos que o banco vai patrocinar durante o ano. O Núcleo de Planejamento e Comunicação onde são feitas as divulgação; Núcleo de Patrimônio e Acervo exclusivo Rio porque quando foi criado, em 1989, a instituição já tinha um arquivo histórico que estava destinado a cuidar da memória e ele passou a ser gerido pelo CCBB.
O Centro Cultural Banco do Brasil é um espaço salas de exposições, salas de cinema, auditório e três teatros, um deles dedicado a montagens experimentais menos convencionais.
Conforme explicou Danon Lacerda, uma Uma vez que o banco tem no CCBB a principal ferramenta de marketing cultural – e não confundir com a atuação da Fundação BB que tem atuação independente voltada sócio-ambiental – há uma série de diretrizes a observar e a cumprir. A regularidade no funcionamento é fundamental (sempre de terça a domingo). O público tem a certeza de que haverá atividades. No entanto, ele ressalta que é primordial se pensar a longo prazo, porque abrir é fácil, mas manter atividades interessantes e que despertam o interesse do povo é o mais difícil.
A acessbilidade também é outro fator de destaque na fala do gerente de programação do CCBB. De acordo com ele, há a preocupação com a acessibilidade física: rampas para cadeirantes, cinemas para deficientes visuais e auditivos; telefones adaptados, enfim, um conjunto de ações que visam incluir as pessoas na programação.
Porém, ainda segundo Danon Lacerda, não se trata apenas da adequação física, mas também a intelectual - ter diversidade, estar aberta a todas as temáticas como artes plásticas, cênicas, buscar inclusão de todos os seguimentos – e ainda a financeira com preços populares e convênios com universidades.
Ela ressalta aindaque o objetivo é contribuir para o desenvolvimento cultural da sociedade e destaca a política para realização de eventos. “Não associamos a imagem do banco com atividades que apresentam preconceitos, discriminação, teor político-partidário, ações ligadas a jogos de azar ou que causem impactos negativos ao meio ambiente e à saúde. E esta é a primeira triagem que fazemos na hora de selecionar os projetos que serão apresentados pelo CCBB”, explicou.
Inscrições de projetos - Para os interessados em apresentar projetos ao CCBB, as inscrições abrem anualmente e são feitas através do site do banco para que todas pessoas possam ter acesso. O período normalmente é abril e maio e o resultado divulgado também pelo site, de acordo com Danon Lacerda, para garantir a transparência. Qualquer pessoa física e jurídica pode se inscrever. Abrange programação nos três CCBB´s já existentes.
Em 2010, foram recebidas 3.138 inscrições no total , a maioria, da Região Sudeste, principalmente, Rio-São Paulo, o que reflete a realidade do setor.
Danon Lacerda explica que, na primeira etapa, os técnicos analisam o projeto. Para cada um, há uma ficha de inscrição onde é dado os pareceres dos especialistas, gerente de programação e diretor geral. Nos últimos dois anos, conforme explicou o gerente de programação do CCBB, foram contratados especialistas do mercado para avaliar os escolhidos, para evitar o “vício do olhar interno”, como explicou.
Depois desta avaliação, o projeto é submetido ao Ministério da Cultura, à Secretaria de Comunicação da Presidência da República e à diretoria do BB.
De acordo com Danon Lacerda, são critérios de seleção: relevância conceitual e temática (desvincular o proponente, o que importa é a ideia, a proposta); originalidade; viabilidade técnica; adequação financeira e adequação física; identidade institucional, se guarda aderência principios e valores da empresa.
Danon explica, também que há 3 anos o CCBB passou a divulgar uma provocação ao mercado cultural para apresentar projetos. “Realizamos reunião com especialistas para sabermos o que consideram como tendência”, revelou.
E para os produtores que procuram oportunidade de realizar seu projeto, Danon Lacerda detalha: “Este ano, vamos buscar as questões voltadas para novas tecnologias; temas relevantes para a sociedade contemporânea; estratégias de democratização cultural (por exemplo, se há previsão de realizar um dia voltado para as escolas), integração das artes (cada vez mais no nosso mundo as fronteiras entre as artes estão ficando menores porque elas podem se integrar)”.
Danon Lacerda finaliza lembrando que o CCBB recebeu dois milhões de visitantes em 2010. Além disso ressalta que 180 mil pessoas participaram dos projetos educativos e que é primordial a interação da instutuição com o público. “ É muito importante o retorno das pessoas, temos mais de 50 caixas para receber sugestões, porque é a forma de ficarmos atentos às demandas, é importante o olhar daquele que utiliza os serviços do CCBB.”
Gerente de Programação do Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
“Espaço e apoio às produções culturais”
Danon Larcerda destacou que é sempre importante participar de eventos como o seminário para mostrar a atuação do Banco do Brasil nesta área culturas, inclusive, no campo da acessibilidade, não só na questão das pessoas com deficiência, mas também em outros aspectos como possibilitar através de preços populares o acesso a todos os cidadãos.
Como funcionário de carreira 26 anos, Danon já trabalhou em todas as áreas mass direcionou para a cultural e se aperfeiçoou: foi ator, diretor de teatro, dramaturgo e atualmente também é diretor de cinema.
Além do Rio de Janeiro, existem CCBB´s em Brasilia, São Paulo e, futuramente, Belo Horizonte.Danon Lacerda explicou, inicialmente, as estratégias de gestão cultural dentro do Banco do Brasil para poder compreender o papel do CCBB. A diretoria de marketing e comunicação à qual o CCBB está inserido é ligada diretamente à presidência do banco, não tem intermediário. “Porque o BB entende que a cultura, o marketing é uma peça fundamental estratégica de gestão”, explicou.
Dentro da estrutura da diretoria de marketing e comunicação há as demais gerências executivas: imprensa, patrocínios diversos e comunicação de marca onde está inserido a marca Banco do Brasil.
O CCBB tem basicamente três gerências, no caso do CCBB Rio, há uma gerência a mais. Núcleo de Programação, do qual Danon Lacerda é gerente, e onde são definidos os projetos que o banco vai patrocinar durante o ano. O Núcleo de Planejamento e Comunicação onde são feitas as divulgação; Núcleo de Patrimônio e Acervo exclusivo Rio porque quando foi criado, em 1989, a instituição já tinha um arquivo histórico que estava destinado a cuidar da memória e ele passou a ser gerido pelo CCBB.
O Centro Cultural Banco do Brasil é um espaço salas de exposições, salas de cinema, auditório e três teatros, um deles dedicado a montagens experimentais menos convencionais.
Conforme explicou Danon Lacerda, uma Uma vez que o banco tem no CCBB a principal ferramenta de marketing cultural – e não confundir com a atuação da Fundação BB que tem atuação independente voltada sócio-ambiental – há uma série de diretrizes a observar e a cumprir. A regularidade no funcionamento é fundamental (sempre de terça a domingo). O público tem a certeza de que haverá atividades. No entanto, ele ressalta que é primordial se pensar a longo prazo, porque abrir é fácil, mas manter atividades interessantes e que despertam o interesse do povo é o mais difícil.
A acessbilidade também é outro fator de destaque na fala do gerente de programação do CCBB. De acordo com ele, há a preocupação com a acessibilidade física: rampas para cadeirantes, cinemas para deficientes visuais e auditivos; telefones adaptados, enfim, um conjunto de ações que visam incluir as pessoas na programação.
Porém, ainda segundo Danon Lacerda, não se trata apenas da adequação física, mas também a intelectual - ter diversidade, estar aberta a todas as temáticas como artes plásticas, cênicas, buscar inclusão de todos os seguimentos – e ainda a financeira com preços populares e convênios com universidades.
Ela ressalta aindaque o objetivo é contribuir para o desenvolvimento cultural da sociedade e destaca a política para realização de eventos. “Não associamos a imagem do banco com atividades que apresentam preconceitos, discriminação, teor político-partidário, ações ligadas a jogos de azar ou que causem impactos negativos ao meio ambiente e à saúde. E esta é a primeira triagem que fazemos na hora de selecionar os projetos que serão apresentados pelo CCBB”, explicou.
Inscrições de projetos - Para os interessados em apresentar projetos ao CCBB, as inscrições abrem anualmente e são feitas através do site do banco para que todas pessoas possam ter acesso. O período normalmente é abril e maio e o resultado divulgado também pelo site, de acordo com Danon Lacerda, para garantir a transparência. Qualquer pessoa física e jurídica pode se inscrever. Abrange programação nos três CCBB´s já existentes.
Em 2010, foram recebidas 3.138 inscrições no total , a maioria, da Região Sudeste, principalmente, Rio-São Paulo, o que reflete a realidade do setor.
Danon Lacerda explica que, na primeira etapa, os técnicos analisam o projeto. Para cada um, há uma ficha de inscrição onde é dado os pareceres dos especialistas, gerente de programação e diretor geral. Nos últimos dois anos, conforme explicou o gerente de programação do CCBB, foram contratados especialistas do mercado para avaliar os escolhidos, para evitar o “vício do olhar interno”, como explicou.
Depois desta avaliação, o projeto é submetido ao Ministério da Cultura, à Secretaria de Comunicação da Presidência da República e à diretoria do BB.
De acordo com Danon Lacerda, são critérios de seleção: relevância conceitual e temática (desvincular o proponente, o que importa é a ideia, a proposta); originalidade; viabilidade técnica; adequação financeira e adequação física; identidade institucional, se guarda aderência principios e valores da empresa.
Danon explica, também que há 3 anos o CCBB passou a divulgar uma provocação ao mercado cultural para apresentar projetos. “Realizamos reunião com especialistas para sabermos o que consideram como tendência”, revelou.
E para os produtores que procuram oportunidade de realizar seu projeto, Danon Lacerda detalha: “Este ano, vamos buscar as questões voltadas para novas tecnologias; temas relevantes para a sociedade contemporânea; estratégias de democratização cultural (por exemplo, se há previsão de realizar um dia voltado para as escolas), integração das artes (cada vez mais no nosso mundo as fronteiras entre as artes estão ficando menores porque elas podem se integrar)”.
Danon Lacerda finaliza lembrando que o CCBB recebeu dois milhões de visitantes em 2010. Além disso ressalta que 180 mil pessoas participaram dos projetos educativos e que é primordial a interação da instutuição com o público. “ É muito importante o retorno das pessoas, temos mais de 50 caixas para receber sugestões, porque é a forma de ficarmos atentos às demandas, é importante o olhar daquele que utiliza os serviços do CCBB.”
Seminário de Gestão e Produção Cultural
Bom dia, amigos e amigas
Mais participações do Seminário de Gestão e Produção Cultural que realizamos na Universidade Estácio de Sá. O evento aconteceu em novembro de 2010
Ana Lúcia Pardo
Chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e Espírito Santo (em 2010)
“Políticas Públicas para a área cultural”
Ana Lúcia Pardo destacou que o Ministério da Cultura está trabalhando para construir políticas públicas de acesso, de diálogo, além de mecanismos para debater cadeias produtivas entre os quais rever e repensar a atual Lei de Incentivo que já tem mais de 20 anos. De acordo com ela, o próprio mercado cultural e produtores questionaram sobre acesso, captação de recursos, atualizações das ações e com o crescente números de projetos haveria essa necessidade de formulação.
A chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, Ana Lúcia Pardo, declarou primeira coisa que a equipe se deparou no ministério foi a necessidade de repensar o conceito de cultura. “Quando falamos de conceito não estamos falando só questão teórica, acadêmica, mas temos que definir para falar sobre o que a gestão está priorizando”, explicou.
Ainda de acordo com ela, a partir daí, a equipe trabalhou considerando três dimensões: a simbólica os diferentes modos de saber, de manifestações; a cidadã da festa, do direito; e da econômica das indústrias culturais , o que pode movimentar e desenvolver por conta das manifestações artísticas culturais.
Assim, fez-se necessário criar secretarias como da diversidade cultural e incluir e se pensar ações e polítidas públicas para culturais indígenas, quilombolas, que até então não se havia pensado. “O ministério tem menos de 30 anos e herdou instituições como Biblioteca Nacional com 200 anos, Funarte, mais de 70, portanto um ministério ainda jovem que precisava se definir políticas para além dessas fundações”, disse.
A implantação do sistema nacional de cultura foi fundamental, segundo Ana Lúcia, para reforçar que é a base para o ministério, ou seja, era importante um pacto federativo para além da União, era preciso dialogar com os estados e construir uma política conjunta com divisão de competência, divisão de trabalho, de pensar essas três esferas de governo com a sociedade civil.
Ana Lúcia Pardo chamou a atenção, ainda, para a necessidade de preservar as tradições culturais. “ Visito sistematicamente municípios, vejo ações de músicas, artesanatos, manifestações culturais, independentemente de apoio, elas acontecem. É uma enormidade de ações, pedindo uma política pública que não as deixem morrer.”. E acrescentou: “Muitas dessas manifestações que são históricas já desapareceram sem nenhum registro, o que é grave. é uma preocupação nossa a política de preservação, de memória, criando ações de fomento de continuidade.
Ana Lúcia Pardo, que também é jornalista e atriz, destacou, ainda, sua observação também com a visão das outras atividdes que exerce. Segundo ele é muito importante o diálogo com a sociedade civil. “Não é levar a cultura para o povo, o povo já faz cultura. Você tem que dialogar com quem faz.”
Ela explica que às vezes existem os recursos, mas eles voltam à União porque não tem um planejamento de utilização. Por isso é importante entender as necessidade, as demandas para a exata utilização dos recursos. “Não é só pedir recurso, é definir a política”.
Também fez questão deressaltar a significativa importância do PAC da Cultura, o Plano de Aceleração do Crescimento que o presidente Lula pediu que os ministérios se organzassem e pensassem. Neste momento, segundo ele, colocaram a cultura na centralidade do governo. “Ali pactuamos com mais de 20 ministérios. Estamos fazendo ações com os ministérios da Comunicação, Educação, Ciencia Tecnologia, Turismo, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Igualdade Social”
Sobre a renovação da Lei Rouanet, Ana Lúcia Pardo disse. “A lei gera movimento e estatisticamente gera recursos, mas em vários municípios e outras regiões - pois as produções estão concentradas no eixo Rio-São Paulo) a dificuldade de captação, principalmente as pessoas desconhecidas e projetos menores é enorme”
Na avaliação de Ana Lúcia Pardo, a grande maioria das regiões não está aparelhada para receber as produções. Mas, por outro lado, pergunta: “Será que não acabamos mantendo a concentração nas mesmas regiões?
Sobre este assunto ela destaca o trabalho nas periferias do Rio de Janeiro como um exemplo, mostrando que são essas produções é que estão se destacando na cena contemporânea.
Na opinião da chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio e no Espírito Santo, o ideal não é não é acabar a lei de incentivo, mas colocar 80% em fundos. E explicou: “Oitenta por cento dos projetos avaliados, não vão captar e isso é perverso porque o ciclo se repete. Pior, há a reincidência dos mesmos que conseguem captação. É preciso dividir o bolo é fundamental enfrentar isso”, afirmou.
A principal renovação disso, segundo ela, é o Fundo Nacional de Cultura que é dividido em 9 fundos. Oitenta por cento em fundo direto de apoio, em forma de edital, seleção pública, mas áreas como audiovisual, arte cênicas, música, acesso e diversidade, patrimônio e memória, do livro, leitura e literatura, humanidades e artes visuais. Com uma comissão de incentivo à cultura foi preciso também intensificar os mecanismos de controle em forma de transparência
“Estamos estimulando municipios e estados a reforçarem ou criarem seu Fundo de Cultura. Cerca de 30% do mnistério será repassado. Às vezes, a fragilidade dos municipios dificulta as ações. É um gargalo e uma demanda enorme porque há muita deficiencia como elaboração de projetos, formação de gestores, capacitação de artistas, elaboração de políticas públicas”, disse.
Outras questões trabalhadas pelo ministério, segundo Ana Lúcia Pardo são: tornar mais simples a prestação de contas e, portanto, menos burocrática; estimular as pessoas físicas com ou sem fins lucrativos a participarem; diminuir o prazo para concluir avaliação dos projetos; aprimorar sistema de avaliação. foco nos resultados, não só os contábeis, mas também resultado das ações culturais.
Ana Lúcia Pardo destacou, ainda, a importância de cursos como o de Gestão e Produção Cultural. “ Nunca foi tão necessário porque essa qualificação é que vai colocar a cultura na centralidade que ela merece. É importante se discutir a questão da formação do produtor, do gestor, também entre a sociedade. Há uma tendêndia de multiplicidade de funções, entre os vários motivos, estão justamente os problemas financeiros, mas também a falta de qualificação.”, finalizou.
Mais participações do Seminário de Gestão e Produção Cultural que realizamos na Universidade Estácio de Sá. O evento aconteceu em novembro de 2010
Ana Lúcia Pardo
Chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e Espírito Santo (em 2010)
“Políticas Públicas para a área cultural”
Ana Lúcia Pardo destacou que o Ministério da Cultura está trabalhando para construir políticas públicas de acesso, de diálogo, além de mecanismos para debater cadeias produtivas entre os quais rever e repensar a atual Lei de Incentivo que já tem mais de 20 anos. De acordo com ela, o próprio mercado cultural e produtores questionaram sobre acesso, captação de recursos, atualizações das ações e com o crescente números de projetos haveria essa necessidade de formulação.
A chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, Ana Lúcia Pardo, declarou primeira coisa que a equipe se deparou no ministério foi a necessidade de repensar o conceito de cultura. “Quando falamos de conceito não estamos falando só questão teórica, acadêmica, mas temos que definir para falar sobre o que a gestão está priorizando”, explicou.
Ainda de acordo com ela, a partir daí, a equipe trabalhou considerando três dimensões: a simbólica os diferentes modos de saber, de manifestações; a cidadã da festa, do direito; e da econômica das indústrias culturais , o que pode movimentar e desenvolver por conta das manifestações artísticas culturais.
Assim, fez-se necessário criar secretarias como da diversidade cultural e incluir e se pensar ações e polítidas públicas para culturais indígenas, quilombolas, que até então não se havia pensado. “O ministério tem menos de 30 anos e herdou instituições como Biblioteca Nacional com 200 anos, Funarte, mais de 70, portanto um ministério ainda jovem que precisava se definir políticas para além dessas fundações”, disse.
A implantação do sistema nacional de cultura foi fundamental, segundo Ana Lúcia, para reforçar que é a base para o ministério, ou seja, era importante um pacto federativo para além da União, era preciso dialogar com os estados e construir uma política conjunta com divisão de competência, divisão de trabalho, de pensar essas três esferas de governo com a sociedade civil.
Ana Lúcia Pardo chamou a atenção, ainda, para a necessidade de preservar as tradições culturais. “ Visito sistematicamente municípios, vejo ações de músicas, artesanatos, manifestações culturais, independentemente de apoio, elas acontecem. É uma enormidade de ações, pedindo uma política pública que não as deixem morrer.”. E acrescentou: “Muitas dessas manifestações que são históricas já desapareceram sem nenhum registro, o que é grave. é uma preocupação nossa a política de preservação, de memória, criando ações de fomento de continuidade.
Ana Lúcia Pardo, que também é jornalista e atriz, destacou, ainda, sua observação também com a visão das outras atividdes que exerce. Segundo ele é muito importante o diálogo com a sociedade civil. “Não é levar a cultura para o povo, o povo já faz cultura. Você tem que dialogar com quem faz.”
Ela explica que às vezes existem os recursos, mas eles voltam à União porque não tem um planejamento de utilização. Por isso é importante entender as necessidade, as demandas para a exata utilização dos recursos. “Não é só pedir recurso, é definir a política”.
Também fez questão deressaltar a significativa importância do PAC da Cultura, o Plano de Aceleração do Crescimento que o presidente Lula pediu que os ministérios se organzassem e pensassem. Neste momento, segundo ele, colocaram a cultura na centralidade do governo. “Ali pactuamos com mais de 20 ministérios. Estamos fazendo ações com os ministérios da Comunicação, Educação, Ciencia Tecnologia, Turismo, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Igualdade Social”
Sobre a renovação da Lei Rouanet, Ana Lúcia Pardo disse. “A lei gera movimento e estatisticamente gera recursos, mas em vários municípios e outras regiões - pois as produções estão concentradas no eixo Rio-São Paulo) a dificuldade de captação, principalmente as pessoas desconhecidas e projetos menores é enorme”
Na avaliação de Ana Lúcia Pardo, a grande maioria das regiões não está aparelhada para receber as produções. Mas, por outro lado, pergunta: “Será que não acabamos mantendo a concentração nas mesmas regiões?
Sobre este assunto ela destaca o trabalho nas periferias do Rio de Janeiro como um exemplo, mostrando que são essas produções é que estão se destacando na cena contemporânea.
Na opinião da chefe de Divisão de Políticas Culturais do Ministério da Cultura no Rio e no Espírito Santo, o ideal não é não é acabar a lei de incentivo, mas colocar 80% em fundos. E explicou: “Oitenta por cento dos projetos avaliados, não vão captar e isso é perverso porque o ciclo se repete. Pior, há a reincidência dos mesmos que conseguem captação. É preciso dividir o bolo é fundamental enfrentar isso”, afirmou.
A principal renovação disso, segundo ela, é o Fundo Nacional de Cultura que é dividido em 9 fundos. Oitenta por cento em fundo direto de apoio, em forma de edital, seleção pública, mas áreas como audiovisual, arte cênicas, música, acesso e diversidade, patrimônio e memória, do livro, leitura e literatura, humanidades e artes visuais. Com uma comissão de incentivo à cultura foi preciso também intensificar os mecanismos de controle em forma de transparência
“Estamos estimulando municipios e estados a reforçarem ou criarem seu Fundo de Cultura. Cerca de 30% do mnistério será repassado. Às vezes, a fragilidade dos municipios dificulta as ações. É um gargalo e uma demanda enorme porque há muita deficiencia como elaboração de projetos, formação de gestores, capacitação de artistas, elaboração de políticas públicas”, disse.
Outras questões trabalhadas pelo ministério, segundo Ana Lúcia Pardo são: tornar mais simples a prestação de contas e, portanto, menos burocrática; estimular as pessoas físicas com ou sem fins lucrativos a participarem; diminuir o prazo para concluir avaliação dos projetos; aprimorar sistema de avaliação. foco nos resultados, não só os contábeis, mas também resultado das ações culturais.
Ana Lúcia Pardo destacou, ainda, a importância de cursos como o de Gestão e Produção Cultural. “ Nunca foi tão necessário porque essa qualificação é que vai colocar a cultura na centralidade que ela merece. É importante se discutir a questão da formação do produtor, do gestor, também entre a sociedade. Há uma tendêndia de multiplicidade de funções, entre os vários motivos, estão justamente os problemas financeiros, mas também a falta de qualificação.”, finalizou.
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